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Sobre os Maus Hábitos
Novo lugar antropológico
Quando é que um...
  Não é uma galeria convencional, mas dispõe de espaços apropriados para receber exposições.

Não tem um palco de estilo italiano, mas oferece condições para acolher peças de teatro e concertos.

Não é uma escola no sentido tradicional, mas desenvolve um programa de formação em diversas áreas da criação artística, organizando oficinas.

O projecto Maus Hábitos, instalado num amplo 4º andar de um velho prédio da desertificada baixa do Porto, caracteriza-se sobretudo pelo seu carácter interdisciplinar. O cruzamento de linguagens que se respira no Maus Hábitos encontra explicação na circunstância de, na sua origem, se encontrarem pessoas com formações
e experiências muito diversas, que sentiam falta de um espaço de liberdade de criação e fruição cultural, e que pretenderam colmatar essa lacuna fundando um projecto que lhes servisse e estivesse ao serviço dos outros.

O “caderno de encargos” do projecto, a funcionar desde Janeiro de 2001, engloba três pontos essenciais: a cedência de espaço para ensaios e apresentações, a produção de eventos e conteúdos, formação e consultoria
cultural.

O primeiro ponto do programa nasceu da necessidade de oferecer condições logísticas para a realização de ensaios, produção de espectáculos e apresentação de exposições por jovens criadores, cujos projectos, por esse motivo e em muitos casos, não chegam a passar do plano das ideias. Ora, estes novos talentos encontram nos 800 metros quadrados do Maus Hábitos oportunidade para mostrar o que fazem, não fosse meta nossa divulgar o trabalho dos jovens artistas, para além dos trabalhos de artistas consagrados que também produzimos e apresentamos.

Entrando, então, na área da produção de eventos e conteúdos, ao longo de quase nove anos de trabalho é possível formar uma ideia do lugar que os Maus Hábitos podem ocupar numa cidade como o Porto, oferecendo um espaço excepcional para a mostra de eventos das mais diversas áreas da vida cultural, das artes visuais à música, da apresentação de peças de teatro e “performances” a concertos e recitais de poesia.

Quanto à formação, a característica diferenciadora está, por um lado, na maior autonomia conferida ao formando no processo de aprendizagem e, por outro lado, na valorização da vertente prática. Uma lógica próxima da dos “workshops” e oficinas, que vimos organizando, dirigidas a profissionais e/ou amadores que desejem aprofundar conhecimentos em técnicas usadas em fotografia, teatro, dança, artes plásticas, música e vídeo.

Desde a inauguração, os Maus Hábitos produziram e mostraram produções de outros. Trouxemos pessoas à deserta baixa do Porto. Fizemos formação de novos públicos através das exposições e espectáculos apresentados. E promovemos o debate. Nascido no contexto da iniciativa Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura, em parceria com Roterdão, o projecto Maus Hábitos pretende contribuir para que perdure e se renove a curiosidade então desperta no público em geral, e acredita que é possível alimentar essa energia e não desperdiçar a intensidade de vida espiritual e cultural de que o Porto descobriu ser capaz aquando desse acontecimento excepcional. Queremos contribuir para que o excepcional desse passado recente se torne o habitual do presente e do futuro da vida cultural da cidade. Para o que será da maior importância o estabelecimento de laços sólidos com parceiros estrangeiros, como temos vindo a fazer, nomeadamente com Roterdão (projecto MORGEN), Barcelona (Feira NEW ART) ou Hannover (projecto TRANS_HÁBITOS).

No seu oitavo ano de vida, o projecto Maus Hábitos amadureceu, vem afinando o rumo e, sobretudo,
abriu-se ao mundo, internacionalizou-se. O nosso espaço é hoje ponto de encontro regular de gente de muitas nacionalidades e áreas de actividade. Na era da globalização, colhemos, e oferecemos, o que tem de melhor: a circulação cada vez mais fácil das pessoas e das ideias, com o que traz de aproximação, descoberta da semelhança na diferença, exercício da convivência fraterna, tolerante e livre entre iguais de condição, para
além e aquém das diferenças de circunstância.

Com Fernando Pessoa, dizemos:
“ó mágoa imensa do mundo, o que faz falta é agir”.

E é esse o nosso projecto – agir, fazer e fazer acontecer. Tanto à escala local, como à escala nacional e internacional. Foi para o que nascemos, é para o que queremos viver.
 

 


 
 
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