Viarco Express VIARCO EXPRESS
inícioprojectoColecçãoviarcomaus hábitosmuseu da presidênciaexposição

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 



     

António Antunes Cristina Sampaio Brian Cronin André Carrilho Augusto Cid Mónica Cid Karina Cid Eduardo Salavisa José Louro Pedro Cabral João Catarino.
   
 

  Iniciando o seu traçado pela mão de António Antunes, os contornos da cartografia gerada pelo quinto lápis da série VIARCO Express ilustram um meio que vive e trabalha em torno da disciplina rigorosa do desenho. António passa o testemunho a Cristina Sampaio com quem, para além da profissão, tem em comum uma viagem ao Brasil para representar Portugal na Mostra de Humor Luso-Brasileiro – 500 Anos de Brasil (2000). Esta viagem dará azo a que a afinidade profissional progrida para uma amizade pessoal. Dessa representação farão parte ainda André Carrilho e Augusto Cid, por quem o lápis também passará, mas também João Abel Manta, Maia e Vasco.

Os grupos, os projectos em comum e as colaborações são objecto de extrema importância neste meio. António, Cid, Maia e Vasco dinamizam o Cartoon Xira, mostra anual de cartoon de Vila Franca de Xira, por onde passarão também Cristina Sampaio e António Jorge Gonçalves, ao qual chegará também um lápis VIARCO Express, ainda que seguindo outro caminho. Cristina Sampaio passa o testemunho a Brian Cronin, ilustrador irlandês radicado nos Estados Unidos, quando Cronin vivia em Lisboa. O lápis acabará por seguir com Cronin para Nova Iorque, interrompendo o seu percurso por algum tempo. Regressando a Lisboa, Cronin decide que o lápis deverá manter-se em Portugal, passando-o a André Carrilho, ilustrador que conhecera por intermédio de Cristina Sampaio. Para além de ambos trabalharem regularmente com o jornal Público, Carrilho e Sampaio desenvolvem o projecto Spam Cartoon, juntamente com João Paulo Cotrim, João Fazenda e José Condeixa.

No momento em que André Carrilho passa o testemunho a Augusto Cid o lápis entra num novo círculo, definido por relações familiares. Cid entrega o lápis à artista Mónica Cid, que é também sua filha. Mantendo-se na família, o nome seguinte é Karina Cid, que trabalha como designer e é irmã de Mónica. É através de Mónica Cid que o lápis chega às mãos de Eduardo Salavisa, e visita um novo grupo que, partilhando semelhanças, é substancialmente diferente do primeiro. Se até agora o lápis havia passado por círculos fechados que se tocavam, a sua chegada às mãos de Salavisa dá o mote à entrada num grupo aberto, ainda que homogéneo. O artista é um dos principais dinamizadores do projecto Colectivo de Diários Gráficos, do qual faz também parte Mónica Cid e onde estão incluídos todos os nomes subsequentes.

Os Diários Gráficos não são apenas um projecto mas uma paixão compulsiva de Eduardo Salavisa. No livro Diários de Viagem, o autor explora em profundidade o tema, contextualizando as múltiplas ligações e formas de encarar o meio, apresentando trinta e cinco autores que ilustram a diversidade e versatilidade do desenho, numa perspectiva pessoal mas multidisciplinar. Um projecto que abrange escultores, biólogos, geólogos, pintores, designers e arquitectos, onde o desenho funciona como elo de ligação e linguagem comum a todos os intervenientes. A passagem do lápis de Eduardo Salavisa a José Louro, e deste para Pedro MB Cabral e João Catarino, respeita uma lógica natural e expectável. A proximidade de interesses e projectos é a constante que os une. Salavisa, Louro, Cabral e Catarino participam ainda num projecto em tudo semelhante ao do Colectivo de Diários Gráficos, mas de âmbito global, o Urban Sketchers, em que desenhadores de todo o mundo e das mais variadas áreas se juntam para partilhar a sua visão dos espaços que habitam e visitam.

Este lápis foi um dos mais compactos da série VIARCO Express. Passou por núcleos fechados e familiares,
ligados por uma relação muito forte com o desenho e o acto de desenhar. Uma afinidade que se exprime
quotidianamente e de forma transversal, do trabalho à expressão pessoal. Na cartografia desenhada pelo seu percurso, o lápis foi sempre recebido como muito mais que uma ferramenta, e encarado como uma extensão óbvia de cada um dos participantes. Mais do que representar um trabalho ou uma forma de pensar, o desenho é, para estes dez nomes, encarado como a forma de comunicar.
 


 
 
  © Todos os direitos reservados
Contactos | Ficha técnica | Mapa do site